Um estudo da Fiocruz indica que a volta às aulas presenciais no Paraná pode expor ao risco meio milhão de idosos e adultos com doenças crônicas. De acordo com o monitoramento da Fundação Oswaldo Cruz, mais de 215 mil idosos paranaenses moram em casas com pelo menos uma criança ou adolescente de 3 a 17 anos. Mais de 305 mil adultos com diabetes, problemas no coração ou doenças no pulmão estão na mesma situação. Ainda não há uma data definitiva para a volta às aulas no Paraná. A Secretaria de Estado da Educação e do Esporte projeta o retorno gradual e facultativo a partir de setembro.

De acordo com o Comitê de Volta às Aulas, o modelo híbrido e escalonado funcionará da seguinte forma: os estudantes serão divididos em grupos de revezamento. Durante uma semana, parte dos estudantes realiza as atividades presenciais, enquanto os demais continuam a assistir as aulas remotas, pela TV ou pela internet. Na semana seguinte, os grupos se invertem: quem estava em casa volta para a escola; quem estava na escola volta para casa.

O diretor-geral da Secretaria de Estado da Educação, Gláucio Dias, defende a segurança do protocolo e diz que existe a possibilidade de ele ser executado de forma regionalizada. Ele explica que a data exata para a volta às aulas deve ser definida nos próximos dias:

A partir da reclamação de mães, pais e responsáveis, a secretaria estadual da Educação informou que o retorno às aulas presenciais será facultativo. Nestes casos, os alunos que optarem por ficar em casa continuarão tendo acesso às aulas remotas virtuais, por meio da televisão, do YouTube e do aplicativo Aula Paraná. Os responsáveis pelos estudantes começaram a ser ouvidos pela pasta nesta semana. Desde quarta-feira (5) uma pesquisa consulta a preferência da família dos estudantes da rede pública estadual. As aulas presenciais estão suspensas no Paraná desde o dia 20 de março.

Reportagem: Angelo Sfair