Faturamento do comércio tem queda de 80% com greve do transporte coletivo
O faturamento do comércio já tem uma queda de 80% com a greve dos ônibus de Curitiba e região metropolitana. A paralisação, que entrou no segundo dia, também afeta o movimento de bares, restaurantes e das indústrias, tanto de clientes como de funcionários. Nestes setores, a queda é de 50 a 70%. Há ainda falta de funcionários na construção civil, nas confecções e lojas de roupas, de acordo com o presidente da Associação Comercial do Paraná, Antônio Miguel Espolador Neto.
No setor da alimentação, os restaurantes que servem almoço buffet e a la carte amargam um movimento 30% menor. Em alguns deles, os empresários estão buscando os funcionários em casa para trabalhar. Segundo o presidente da Abrasel-PR, Marcelo Pereira, todos os empresários do ramo alimentício amargaram perdas nesta segunda e terça.
A Federação das Indústrias do Paraná informou que a produção caiu pela metade nas indústrias de Curitiba, já que os funcionários não conseguem chegar ao trabalho. Este problema também atingiu o happy hour dos bares da cidade. O presidente da associação da categoria, Fábio Aguayo, reclamou da falta de um acordo para acabar com a greve.
Ainda não há uma estimativa de quantos milhões o comércio perdeu nestes dois dias de greve geral. Normalmente, quando há um feriado, o valor chega a 150 milhões de reais por dia. Estas perdas devem ser cobradas dos setores que tiveram prejuízos durante a greve.
Algumas empresas tiveram que organizar um transporte alternativo para buscar os funcionários em casa.