Mais de 19 milhões de maços de cigarros foram apreendidos pela PRF nas estradas do Paraná
A Polícia Rodoviária Federal do Paraná apreendeu de janeiro até novembro deste ano mais de 19 milhões de carteiras de cigarro contrabandeadas nas estradas do Estado. O número é cerca de 30% maior se comparado com o montante confiscado no mesmo período do ano passado.
O cigarro é a preferência dos criminosos que agem na fronteira do Brasil com o Paraguai porque é mais rentável. O balanço dos últimos seis anos comprova o crescimento deste tipo de crime: entre 2010 e 2016 a PRF apreendeu somente no PR um total de 122 milhõesde maços de cigarro. De acordo com o Chefe pela Comunicação Social da corporação, Fernando Oliveira, o Paraná tem uma posição estratégica para os criminosos.
O crime de contrabando prevê pena de dois a cinco anos de detenção. O delito muitas vezes é acompanhado de outras infrações, como o roubo de carros e caminhões, usados pelas quadrilhas de contrabandistas. O cigarro falsificado não possui nenhum tipo de controle de produção e muitos não possuem nem ao menos filtro. O médico pneumologista, Ricardo Alves, destaca que desta forma os malefícios do fumo são potencializados.
Outro problema gerado pelo contrabando envolve a tributação. Em média, 65% do preço de um maço de cigarro são tributos. O imposto é alto justamente para inibir o consumo. O Diretor Regional do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação, Carlos Alberto Pinto, explica que o cigarro contrabandeado não sofre com a incidência de impostos. Assim, além de prejudicar a economia, o mercado clandestino também atua estimulando o uso do produto.
De acordo com um levantamento da Receita Federal, mais de 65% das mercadorias contrabandeadas que entram no Brasil são cigarros. Somente no ano passado, o País deixou de arrecadar R$ 130 bilhões em impostos que incidem sobre a mercadoria, segundo um balanço do Instituto Nacional Contra a Pirataria e a Ilegalidade.