Policial invade condomínio armado com fuzil e granadas e faz ameaças a empresário

Um policial civil, identificado como Antônio Gabriel Castanheira, armado com um fuzil e granadas, invadiu na quarta-feira (18) o condomínio onde mora o empresário Luiz Mussi, em Campo Largo, Região Metropolitana de Curitiba.

O policial teria autorização para ocupar a casa da irmã do empresário, Liliane Mussi, que fica no mesmo condomínio.

Luiz Mussi, que é dono do canal Mercosul, filial da emissora Record News no Paraná, determinou aos seguranças que impedissem a passagem do policial pelo portão.

A entrada dá acesso a outras propriedades da família. Depois de invadir a guarita, ameaçar os três seguranças com um fuzil, o policial detonou um artefato que seria uma granada.

Ele entrou no condomínio, fez ameaças, saiu, e teria voltado à noite. O carro usado pelo policial, uma BMW, tem placas de carro reservado do Estado.

Um vídeo das câmeras de segurança registrou a maior parte do surto do policial. Com um fuzil e granadas, Castanheira rendeu os três vigilantes.

Depois que conseguiu entrar, ele fez diversas ameaças ao empresário e à família dele. Enquanto procurava os moradores, Castanheira disse que mataria todos da família.

O Departamento da Polícia Civil determinou à Corregedoria Geral apuração rigorosa do caso.  Todas as armas, o fuzil e as granadas, pertencentes da Divisão Estadual de Narcóticos, que estavam com o policial, foram recolhidas. A Corregedoria instaurou procedimento administrativo para apurar as responsabilidades criminais. O policial foi afastado.

Sobre as investigações, a Polícia Civil informou que o condomínio, localizado na área rural de Campo Largo, onde aconteceu o tumulto, “se encontra em litígio na área civil com referência a partilha entre os familiares”.

Uma das herdeiras autorizou “mediante contrato de comodato” que o policial civil ocupasse uma das casas da área. A investigação preliminar tem prazo de 30 dias para conclusão. No âmbito administrativo, a previsão é de que a pena seja a demissão.

O advogado Rodrigo Muniz, que representa Luiz Mussi, afirma que o policial tinha uma autorização da irmã do empresário, Liliane Mussi, para ocupar a residência dela no condomínio da família. A relação entre os irmão é conturbada e marcada por disputas judiciais.

O policial, segundo o advogado, não teria apresentado documento que garantisse a ele o direito de morar no condomínio.

Os vídeos das câmeras de segurança mostram outras pessoas junto com o policial, mas o advogado ressaltou que elas não cometeram nenhum tipo de agressão ou ameaça.

Por diversas vezes na tarde hoje (sexta), o advogado Claudio Dalledone, que defende o policial, pediu que a reportagem que entrasse em contato mais tarde, mas a partir das 17h20 não atendeu mais as ligações.

 

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