Litoral do Paraná tem mais de 90 casos diários de queimaduras por águas-vivas nesta temporada
Quase 1.700 veranistas já foram queimados por águas-vivas no litoral do Paraná desde o início da Operação Verão do Corpo de Bombeiros, em 19 de dezembro. O número representa um salto de 60% em relação ao mesmo período da temporada passada, que teve 1.050 registros. Além da quantidade de público, que está maior do que o do verão 2014/2015, o calor e as correntes marinhas são os principais fatores que contribuem para este resultado: foram 1.680 incidentes até agora, número que leva a uma média diária de mais de 93 casos. Quem explica é o capitão dos Bombeiros, Fernando Tratch.
Aproximadamente 80% dos acidentes foi em Matinhos, sendo mais de 40 casos em poucas horas em um mesmo ponto da Praia Central. Na sequência vem Pontal do Paraná, com cerca de 15% dos registros, e Guaratuba, com algo em torno de 5%. O pior dia, até agora, foi 31 de dezembro, véspera do Ano Novo, quando quase mil pessoas sofreram queimaduras. Mesmo assim, segundo o capitão, nenhum quadro foi considerado grave e todos os banhistas receberam atendimento no local, sem a necessidade de socorro médico.
Ainda conforme os Bombeiros, a melhor forma de prevenir esse tipo de acidente é perguntando aos guarda-vidas se a praia está segura para banho. Em caso de queimaduras, o melhor a se fazer é limpar o local lesionado com água do mar, sem esfregar, e depois aplicar vinagre, que neutraliza as toxinas liberadas pelas águas-vivas. No geral, o desconforto começa a melhorar em aproximadamente 20 minutos.
Diferentemente da água salgada, a doce piora a sensação de ardor porque ativa as micropartículas de veneno e pode complicar ainda mais o quadro de saúde da vítima. Se, após o contato com a água-viva, a pessoa apresentar sintomas como náuseas, vômito e/ou dificuldade respiratória, a recomendação é procurar ajuda médica imediatamente.