Conselho Municipal de Transporte de Curitiba vira alvo de críticas por falta de efetividade
Às vésperas do primeiro protesto do ano contra o aumento da tarifa de ônibus em Curitiba, uma das críticas que ganha força é contra o Comut, o Conselho Municipal de Transporte.
De acordo com entidades estudantis e coletivos sociais, que estão na organização do ato, o órgão – que tem caráter consultivo e foi instalado em abril de 2015 – nunca teria sequer se reunido.
Com isso, segundo os manifestantes, a sociedade toda perde porque deixa de contar com um importante instrumento de debate em torno do transporte coletivo da capital. Quem explica é o presidente da União Paranaense dos Estudantes, Bruno Schroeder Pacheco.
Ele fala ainda sobre a intenção dos grupos de pressionar o Poder Público pelo congelamento da passagem e pela suspensão dos contratos com as operadoras do transporte.
Procurado, o Conselho Municipal de Transporte de Curitiba rebateu as alegações. De acordo com o presidente do órgão, Caíque Ferrante, uma primeira reunião teria sido feita em outubro do ano passado – seis meses após a posse dos membros. Vale lembrar que o mandato deles é de apenas dois anos. Ferrante destaca ainda alguns dos assuntos já abordados. Ele conversou com Daiane Andrade.
O presidente do Comut afirma também que a reunião do órgão foi noticiada pela Prefeitura e que as decisões tomadas são comunicadas ao prefeito Gustavo Fruet para a implementação de ações em prol da população.
A exemplo do que ocorre nas capitais de outros estados do país, a intenção dos grupos envolvidos na manifestação de Curitiba é de que novos eventos venham a ocorrer. Os atos ocorrem em meio à crise no transporte coletivo por causa dos sucessivos atrasos nos pagamentos de motoristas e cobradores.
O protesto desta sexta está marcado para iniciar às seis horas da tarde, na Boca Maldita. Uma página no Facebook, chamada de “R$3,80 nem tenta” também foi criada para organizar as ações.