O secretário de saúde de Campo Largo, Alexandre Kuster e Coordenador do Centro Médico da Cidade, Giovani Marcon, foram exonerados do cargo pela prefeitura nesta quarta-feira. As mudanças aconteceram devido a uma investigação do Ministério Público do Paraná (MPPR), que apura irregularidades no Centro Médico e também no Samu da cidade. De acordo com o órgão, um médico de Campo Largo estaria trabalhando nos dois lugares no mesmo horário e recebia salário pelos dois trabalhos com a permissão do diretor do Centro Médico. Durante as investigações no local, no último dia 12, a promotoria pediu prontuários de pacientes atendidos pelo médico, a folha ponto do médico e a escala de horário de trabalho dos profissionais tanto do Centro Médico quanto do Samu. Nas investigações, o Ministério Público constatou que o investigado não assinava as folhas-ponto e não especificava em que horário estava no trabalho. A ex-coordenadora e a diretora-clínica do Samu e uma funcionária que ocupava um cargo de diretoria na Secretaria foram afastadas das funções durante as investigações. O prefeito de Campo Largo, Affonso Portugal Guimarães, disse que o órgão abriu sindicância e auditoria da Controladoria Interna para apurar os fatos.

Segundo a prefeitura do município, o médico é terceirizado e não atende mais nas unidades de saúde da cidade. O prefeito Affonso Guimarães disse ainda que a atitude da prefeitura é irreversível e que o objetivo agora é continuar oferecendo serviços de saúde efetivos à população.

Durante depoimento, o funcionário negou que estivesse recebendo pelos dois plantões. Para evitar outras irregularidades, o Ministério Público apresentou recomendações administrativas ao Centro Médico. Entre elas, está a instalação de um ponto eletrônico biométrico em um prazo de 180 dias em todas as unidades de saúde do município e no SAMU. O órgão também recomendou que, em 30 dias, sejam colocados quadros nesses locais em que estejam claros os nomes de todos os médicos e as escalas de trabalho de cada um deles.