O fórum antigo de Londrina, no norte do Paraná, precisou ser esvaziado às pressas nessa quinta-feira (21) por causa de um novo tremor que atingiu a cidade. Um forte estrondo foi ouvido por funcionários e visitantes do prédio no início da tarde e, em seguida, algumas paredes começaram a rachar. Todas as audiências acabaram canceladas e, agora, Defesa Civil e especialistas avaliam a estrutura do edifício. A princípio, não houve interdição.

O professor de geofísica da Universidade Estadual de Londrina, José Paulo Pinese, que acompanha a onda de abalos registrados na cidade, afirma que os eventos têm se originado a algumas centenas de metros de profundidade.

O tremor foi o mais forte desde o dia 12 de dezembro, quando o fenômeno começou a ser registrado na zona leste do município. Desta vez, o epicentro teria sido o Jardim Aragarça, que fica nos arredores do aeroporto Governador José Richa, na mesma região. Apesar do susto, ninguém se feriu.

Segundo Pinese, embora os dados apontem para uma movimentação natural, a possibilidade de os abalos serem resultado da ação humana ainda não está descartada.

A Câmara de Vereadores de Londrina também tremeu durante a tarde dessa quinta, mas não houve interrupção das atividades. Houve ainda abalos em outras regiões da cidade e estrondos voltaram a ser ouvidos nos bairros Califórnia e Nova Aeroporto, ainda na zona leste.

Desde o fim do ano passado, Londrina vêm registrando tremores com magnitudes entre 1,1 e 1,9 na escala Richter, que vai até 10. Os dados têm sido enviados periodicamente a São Paulo, para análise pelo Laboratório de Sismologia da USP. A Sanepar tem feito testes na adutora que passa pela região e que os moradores acreditam ser a causadora dos abalos. A companhia nega.