A produção de leite do Paraná deve aumentar neste ano por conta das temperaturas mais amenas nos últimos três meses, mas isso não significa que o preço vai diminuir ao longo de 2016. De acordo com uma pesquisa divulgada nesta semana pelo Ministério da Agricultura, o tempo mais instável foi bom para as pastagens, e as principais bacias leiteiras do centro-sul do Brasil devem produzir mais do que em 2015, mas ainda sem números consolidados. No entanto, de acordo com o diretor do Departamento de Economia Rural do Paraná, Francisco Simione, diz que ainda não dá para prever se os consumidores vão pagar menos pelo litro do leite.

Atualmente, quem costuma ir aos supermercados paga em torno de R$ 2,50 a R$ 2,70 o litro. Outro fator que influencia no preço do leite é o custo de se manter a lavoura. Segundo dados da Confederação Nacional da Agricultura, o preço do milho usado na ração e o aumento da demanda custaram 15% a mais do que em 2014 nas principais bacias leiteiras do país. O Paraná ocupa o terceiro lugar no ranking nacional, com uma produção que chegou a quatro bilhões e 300 milhões de litros em 2015.

A expectativa é chegar aos quatro bilhões e meio de litros em 2016, se o tempo continuar mais úmido. No ranking nacional, o estado de Minas Gerais ocupa a primeira posição, e a segunda ainda é do Rio Grande do Sul. No entanto, estão sendo desenvolvidos programas para aumentar a produção paranaense.

Outro fator que influencia no preço do leite é a carga tributária. Desde o dia 1º de janeiro, o alimento deixou de fazer parte do rol de itens da cesta básica isentos da cobrança do ICMS. Além disso, o leite foi incluído no regime da substituição tributária, em um movimento que favorece os laticínios estaduais mas pode encarecer o produto trazido de outros estados.