Uma nova assembleia entre os compradores de frutas e verduras e a administração da Ceasa será realizada no dia 08 de abril. O encontro será para definir se o horário de abertura do local continua sendo às cinco horas da manhã ou volta a abrir uma hora mais cedo. Nesta segunda-feira (14), um protesto terminou com pelo menos uma pessoa ferida. Um policial militar foi ferido na cabeça por uma pedrada. Um veículo oficial e um escritório da Ceasa também foram queimados pelos manifestantes. Comerciantes que compram produtos na Central de Abastecimento do Paraná bloquearam a BR-116 por volta das 3 horas da manhã. A manifestação aconteceu em protesto ao novo horário de funcionamento da Central – que neste ano passou a abrir às 5 horas. Os manifestantes pedem para que a abertura volte a ser as 4 horas. Isso porque no horário atual, segundo eles, os caminhoneiros acabam sendo multados por causa da restrição de tráfego na Linha Verde e, muitas vezes, o produto chega atrasado ao restaurante ou à feira. Das 7h às 9h da manhã, caminhões não podem trafegar na rodovia, em um trecho de 20 quilômetros.

A rodovia só foi totalmente liberada no começo da tarde desta segunda. A manifestação teve apoio de alguns funcionários da Ceasa e de ‘chapas’ – que são os auxiliares. O grupo ateou fogo em caixas e apedrejou armazéns. Foi então que houve o confronto com a PM que, segundo testemunhas, utilizou balas de borracha e bombas de efeito moral.

De acordo com o Tenente Coronel Assunção, a Polícia Militar só agiu após uma briga entre os manifestantes.

O diretor-presidente da Ceasa, Natalino de Souza, afirma que o novo horário foi amplamente discutido com todos os envolvidos.

Por causa do protesto, apenas um dos 16 sacolões administrados pela Prefeitura está totalmente desabastecido. As “Nossas feiras” também foram afetadas, já que os produtos são comprados na Ceasa.