Operador é preso em Portugal na 1ª fase internacional da Lava Jato
A Justiça de Portugal tem 48 horas para tomar uma decisão sobre o pedido de extradição de Raul Schmidt Felipe Junior, preso preventivamente em Portugal na que pode ser considerada a 25ª fase da Operação Lava Jato. Foragido desde julho do ano passado, ele é suspeito de atuar como operador financeiro do esquema de corrupção da Petrobras. Raul Schmidt é investigado pelo pagamento de propinas para três ex-diretores da estatal – Renato Duque, Nestor Cerveró e Jorge Zelada, todos presos em Curitiba por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
De acordo com a procuradoria da república, Raul Schmidt foi preso no apartamento dele, avaliado em 3 milhões de euros. A ação de hoje foi um trabalho em conjunto das autoridades brasileiras e portuguesas. Em Portugal, a operação recebeu o nome de Polimento.
O Ministério Público de Portugal também realiza outra operação, a Marquês, que tem ligação com a Operação Lava Jato. É investigado um esquema de propina, lavagem de dinheiro e corrupção praticamente igual ao utilizado na Petrobras. Entre os presos dessa operação está o ex-primeiro ministro português, José Socrates, que responde ao processo em liberdade.
Também é investigada a relação de Socrates com a Odebrecht e o ex-presidente Lula. Outro foco da Marquês é a possibilidade de fraudes em obras do governo de Portugal, que contratou a Odebrecht. O esquema também pode ter o envolvimentos de outras duas empreiteiras – Andrade Gutierrez e Camargo Corrêa.