A prefeitura de Paranaguá, no litoral do estado, estuda trazer ao município mosquitos Aedes aegypti geneticamente modificados, que podem reduzir a incidência de casos de dengue, além de zika e chikungunya. São mosquitos machos, produzidos em laboratório, que ao cruzar com as fêmeas, produzem insetos que morrem antes de chegar a vida adulta, quando passam a transmitir doenças.

O prefeito esteve na cidade de Campinas, em São Paulo, onde visitou a filial brasileira da empresa britânica Oxitec – responsável por desenvolver a modificação genética. A administração municipal quer contratar o serviço para, a princípio, uma área de 30 mil moradores em, no máximo, 3 meses. O custo será de R$ 100 mil mensais, para um contrato de dois anos.

A prefeitura disse que pretende buscar recursos do governo federal para viabilizar a instalação de uma fábrica-laboratório em Paranaguá e, assim, abastecer outras cidades paranaenses. A empresa alega que a redução de casos de dengue, por exemplo, pode chegar a 90%. Apesar disso, cientistas britânicos levantaram há pouco tempo a hipótese de que o zika vírus poderia ter relação com os mosquitos geneticamente modificados – o que não foi comprovado. No entanto, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou apoio aos testes com mosquitos modificados em laboratório como linha imediata de defesa.