Curitibanos que recorreram às clínicas particulares para adquirir a vacina contra o vírus da gripe reclamam de preços abusivos. Alguns consumidores tiveram que desembolsar até 150 reais pela dose. Além disso, muitos laboratórios já não contam mais com a vacina em estoque. Na rede pública, a campanha começa na segunda-feira (25). No entanto, ela é restrita as pessoas com mais de 60 anos, crianças de seis meses até cinco anos incompletos, gestantes, mulheres que deram à luz nos últimos 45 dias, portadores de doenças crônicas, além de trabalhadores de saúde, população indígena e presos.

Quem não se enquadra no perfil, ou prefere não esperar pelo poder público, está tendo que pagar caro por isso. A editora Tatiana Couto teve que pagar 150 reais por uma dose.

Por telefone, a reportagem entrou em contato com o Centro Médico Batel na manhã deste feriado, mas ninguém atendeu. O empresário Abner Farias conseguiu a vacina a 100 reais. No entanto, o que mais chamou a atenção dele é que alguns consumidores pagavam bem menos.

Por enquanto, não há previsão de chegada de mais lotes da imunização contra a gripe. A analista de RH, Lia Marcantes, conseguiu um preço mais em conta. Porém, ela procurou a vacina no fim do mês passado.

Além do preço majorado, muitos curitibanos sofreram com a demora. O engenheiro eletricista Thiago Dassi comprou para a esposa, que é gestante, e para filha de cinco anos.

A diferença de preços também chamou a atenção do Procon. A coordenadora do órgão, Claudia Silvano, que também é colunista da BandNews FM Curitiba, afirma que o órgão faz pesquisa de preços com regularidade, para poder tomar outras medidas.

Em outros anos, não houve o registro de diferenças tão acentuadas nos preços das vacinas. Por isso, o Procon também faz uma ação proativa.

A Campanha Nacional de Vacinação na rede pública, que começa segunda-feira (25) termina no dia 20 de maio. O Estado deve receber quase três milhões de doses. Só neste ano, o Paraná registrou 78 casos de H1N1.