Para tentar evitar a greve dos professores, o governo estadual anunciou hoje (sexta) o pagamento da rescisão dos contratados pelo Processo Seletivo Simplificado (PSS), e também as férias dos professores, que estão atrasadas. A rescisão deve ser paga ainda em fevereiro, já as férias serão repassadas em duas parcelas: março e abril. Nesta manhã, a Secretaria Estadual de Educação admitiu as dívidas com a categoria, que chegam a marca dos R$ 70 milhões. Com as medidas anunciadas, o secretário Fernando Xavier disse esperar que os professores não optem pela paralisação a partir da semana que vem. Ele também lamentou o fato de o governo não ter conseguido atingir a meta de contratação, que era de 29 mil professores temporários, sendo que apenas 10 mil foram chamados.

Os professores afirmam que não têm condições de iniciar o período letivo na próxima semana, mesmo que a greve não seja aprovada. Isso devido ao corte de funcionários em geral. Segundo a APP-Sindicato, foram demitidos 29 mil docentes. O secretário disse que as readequações foram necessárias, mas que as aulas podem ser iniciadas normalmente.

A assembleia para definir se a greve acontece será feita neste sábado (7), em Guarapuava, região central do Paraná. Para a semana que vem, com greve ou não, os professores ainda prometem uma manifestação em frente ao Palácio Iguaçu, sede do governo estadual.