Vinte por cento dos aviões que voam no Brasil tem algum tipo de irregularidade, na documentação ou mesmo na própria estrutura. É o que apontam os dados das fiscalizações realizadas pela Anac, a Agência Nacional de Aviação Civil, que começou quarta (6) a operação “Voe Seguro”, em sete aeroportos do Paraná. Os terminais de Curitiba, Foz do Iguaçu, Londrina, Maringá, e outro ainda em segredo, estão tendo a visita de fiscais nos aviões particulares, de táxis-aéreos e de instrução. De acordo com o gerente geral de ação fiscal da Anac, Cláudio Ianelli, o objetivo da operação é evitar que aviões irregulares voem pelo país.

A aviação comercial, das companhias aéreas, não está sendo fiscalizada nesta operação. Isso porque os agentes das agências reguladoras já acompanham o dia a dia das empresas. A primeira etapa da operação, na manhã de quarta-feira (6), teve a fiscalização de 40 aviões nos aeroportos Afonso Pena e Bacacheri. Destas, seis tiveram irregularidades.

Além da Anac, também participam da operação agentes da Receita Federal e da Polícia Federal. Segundo o chefe da divisão de combate ao contrabando do Fisco, Sérgio Lorente, muitos aviões particulares carregando contrabando tentam entrar no Brasil sem passar pelas aduanas.

Já a Polícia Federal participa da operação dando suporte aos trabalhos dos fiscais. Isso porque há o perigo de pilotos e donos de aviões se recusarem a mostrar os documentos, como explica Maurício Yatanabe, responsável da corporação no Aeroporto Internacional Afonso Pena.

A fiscalização é feita aleatoriamente, por amostragem. A operação “Voe Seguro” vai até sexta-feira, com cerca de 40 fiscais e agentes nos sete terminais vistoriados.