Mãe e advogado do piloto paranaense preso no Peru voltam ao Brasil hoje à noite
A mãe e o advogado do piloto Asteclínio da Silva Ramos Neto, preso no Peru desde o dia 15 de abril, por suspeita de tráfico de drogas, voltam ao Brasil hoje (sexta) à noite. Ainda não há definição sobre o pedido de transferência do piloto para um hospital que tenha condições de remover o projétil que ainda está alojado no abdômen do brasileiro. O advogado de Asteclínio, Rodrigo Faucz, fez reuniões com a embaixada brasileira no Peru. Ele conta que a embaixada mostrou o ofício que foi enviado ao Ministério da Justiça pedindo a transferência do brasileiro para um hospital, mas ele fala que é preciso um posicionamento mais concreto.
No dia em que o avião pilotado pelo brasileiro foi abatido pelas forças aéreas peruanas, Asteclínio foi atingido no braço e na barriga. Por conta da bala de grosso calibre que ainda está alojada no paranaense, ele chegou a perder 20 quilos e está com dificuldades para se locomover. Antes de sair do Peru, o advogado também discutiu a estratégia adotada para o processo do brasileiro. Um novo defensor público foi designado para representar o piloto no Peru.
Ainda não há data definida para o julgamento de Asteclínio. Como as forças armadas peruanas não assumiram o ataque ao avião, o juiz responsável pelo caso pediu uma investigação mais completa. De acordo com o advogado, a acusação contra o brasileiro se baseia em uma suposta declaração do co-piloto dada enquanto ele era atendido por médicos – logo após o abate da aeronave. O homem, que não teve a identidade divulgada, estaria sob efeito de anestesia, mas teria concordado com o que foi dito pelo interrogador.
Por meio de nota, o Itamaraty informou que está fazendo o possível para que os direitos do piloto sejam resguardados. O Ministério das Relações Exteriores, por meio da Divisão de Assistência Consular e da Embaixada em Lima, também afirma que está prestando a assistência cabível ao paranaense.