A dívida de pouco mais de três bilhões de reais que o HSBC teria com o Banco Central já foi quitada, segundo informou sexta (19) a própria empresa. A instituição contestou uma afirmação feita quinta (18) pela vice-prefeita Mirian Gonçalves (PT), de que estaria deixando o Brasil sem pagar o que devia ao Proer, que é um programa de fortalecimento do Sistema Financeiro Nacional. Em 1997, o HSBC recebeu um financiamento de cinco bilhões e 400 milhões de reais para comprar o Bamerindus, que estava em regime de liquidação extrajudicial. Sexta (19), Mirian Gonçalves corrigiu o equívoco.

A dívida, segundo o Banco Central, só seria quitada daqui a dois anos. Mas, já não há mais nenhum débito no sistema. O que resta, de acordo com dados apurados pela Lei de Acesso à Informação, é de que ainda há dívidas do Banco Nacional, de 21 bilhões de reais; do Banco Econômico, de sete bilhões e 700 mil reais; e de 26 milhões de reais do banco Crefisul. Por outro lado, o temor da Prefeitura é de que o banco que comprar as operações do HSBC feche os centros administrativos da Vila Hauer, que pode afetar não só os funcionários.

Com a venda das operações do HSBC para outro banco, a Prefeitura vai deixar de arrecadar em torno de 86 milhões de reais em impostos. A instituição emprega cerca de sete mil funcionários em Curitiba.