Defesa de Richa classifica como ilegal ação civil do Ministério Público contra governador, Francischini e oficiais da PM
A defesa do governador Beto Richa classifica como ilegal a ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR) contra ele e outras cinco pessoas por causa dos confrontos do dia 29 de abril. Além do governador, o ex-secretário de Segurança Pública, Fernando Francischini e outros quatro membros do alto escalação da Polícia Militar são acusados de improbidade administrativa após o episódio que deixou mais de 200 pessoas feridas. O advogado de Beto Richa, René Dotti, afirma que o Ministério Público agiu ilegalmente ao divulgar o resultado das investigações sem permitir a defesa prévia do governador.
Para Dotti, a conduta de Richa na época dos confrontos estava em conformidade com a lei, já que, segundo ele, os manifestantes tentaram impedir a realização da sessão na Assembleia Legislativa do Paraná.
Em nota, a Procuradoria Geral do Estado afirmou que o Ministério Público não permitiu o acesso do órgão às investigações. O comunicado diz, ainda, que a procuradoria apresentou um novo requerimento de acesso no dia 29 de maio, mas não teve pedido analisado. Por fim, o órgão informa que vai se pronunciar assim que tiver acesso aos autos. A investigação do Ministério Público sobre o confronto entre servidores e policiais militares no Centro Cívico durou dois meses. Ao todo, a equipe de promotores e procuradores ouviu 518 pessoas em 34 cidades do Paraná.