A procura por fontes alternativas de energia para escapar dos sucessivos aumentos nas contas de luz e de problemas de abastecimento tem aquecido a procura por geradores. Em algumas empresas, o faturamento já dobrou em 2015, e olha que ainda faltam cinco meses para o fim do ano.

Só para se ter ideia, a tarifa de energia para o consumidor comum subiu mais de 51% no acumulado desde janeiro. Para as indústrias, o salto já passou dos 52%.

A Gruger, com sede em Curitiba, é uma das maiores empresas do setor de geradores no estado e teve uma alta de, pelo menos, 100% no volume de vendas. Quem explica é o supervisor de Manutenção, Matheus Vieira.

Ainda conforme o supervisor, no caso dos aluguéis, os principais interessados são empresas com grande consumo de energia nos horários de ponta, que são: de segunda a sexta-feira, das seis da tarde às nove da noite, ou das sete às 10 da noite no horário de verão. Isso porque nesse horário uma indústria paga, no mínimo, R$ 1,50 por quilowatt-hora (kWh), podendo até passar dos R$ 2. Com um gerador, ao contrário, esse gasto cai para aproximadamente R$ 1,20.

Mesmo assim, segundo ele, é preciso colocar tudo na ponta do lápis, principalmente em relação às locações.

Outra grande empresa do setor no Paraná é a Sete Locações, com sede em Londrina, na região norte. A companhia, que também já dobrou as vendas neste ano, defende uma economia estimada em torno de 15% com o uso de geradores, podendo chegar a 30% em alguns casos. Além da economia na fatura, outra vantagem do equipamento é o alívio do sistema elétrico como forma de reduzir o impacto da crise hídrica e evitar o desabastecimento.

O último reajuste nas tarifas de luz no Paraná entrou em vigor no dia 24 de junho; o aumento foi de 14,62% para consumidores residenciais e de 15,32%, em média, para as indústrias. Antes disso, em março, o estado havia passado por um reajuste extraordinário, de 36,8%, em média.