O prefeito de Ibema, no oeste do Paraná, Antonio Rabel (DEM), foi preso na manhã de segunda (13) pelo Gaeco – O Grupo de Atuaçao Especial de Combate ao Crime Organizado durante a Operação Panaceia. O chefe do Executivo é suspeito de participar de fraudes na compra de medicamentos para o município.  As investigações do Ministério Público apontam que Rabel recebia propina mensalmente em valores que chegaram a até R$ 10 mil em um único mês. A promotora de justiça Juliana Stofela explica o esquema ocorria desde 2013 e já trouxe prejuízos de pelo menos R$ 1 milhão de reais à cidade.

O Gaeco concluiu também que os medicamentos fornecidos à população de Ibema estavam fora do prazo de validade ou próximos de vencer.

O estopim para a prisão do prefeito do município do oeste foi a denúncia de que ele estaria ordenando a destruição de documentos que comprovavam as fraudes. No fim de junho, agentes do Gaeco encontraram no lixo notas fiscais e recibos de empresas suspeitas de participar do desvio de verbas. A ordem de descarte teria sido dada pelo próprio prefeito. Isso porque no dia 19 de junho, as investigações do Ministério Público levaram à prisão do secretário municipal de Administração, Valdir Scheifer, da secretária municipal de Saúde, Eunice Vieira, de uma assessora dela e de outros três empresários do ramo de medicamentos. O Ministério Público também investiga indícios de fraude em licitações feitas por prefeituras de cidades vizinhas a Ibema. Os detidos vão ser denunciados por associação criminosa para a promoção de fraudes a licitações, corrupção ativa e passiva, peculato e receptação.