Com a presença de representantes do Ministério Público e da Polícia Militar, vereadores recuaram na votação em segundo turno da proposta que permite a venda e o consumo de bebidas alcoólicas nos estádios de Curitiba. Ontem (terça), o projeto havia sido aprovado por 19 votos a 11. Sete não votaram. Hoje (quarta), alguns parlamentares anunciaram que poderiam registrar o voto contrário à proposta, depois de ouvir as promotoras de Justiça e a PM. Por isso, a maioria optou por adiar a votação por cinco sessões, para que haja um debate mais aprofundado sobre o tema.

Para a promotora de Justiça Cristina Corso Ruaro, a ingestão de álcool aumenta significativamente os índices de violência entre torcedores.

O argumento é o mesmo da Polícia Militar. Segundo o major Breunig, durante a Copa do Mundo, foram registradas várias ocorrências relacionadas a ingestão de álcool.

As afirmações da PM foram rebatidas pelo vereador Paulo Rink (PPS), que presidiu a comissão da Copa na Câmara Municipal.

A vereadora Carla Pimentel (PSC), que integra a bancada evangélica no legislativo municipal, acredita que votar contra ao projeto de lei é prezar pela segurança do cidadão.

Um dos autores do texto, Pier Petruzziello (PTB), diz esperar que a proposta seja aprovada assim que retornar ao plenário.

Para o líder do prefeito na Casa, Paulo Salamuni (PV), o adiamento aconteceu em razão da indecisão de muitos vereadores.

A votação deve acontecer só daqui a duas semanas. Caso a proposta seja aprovada novamente, segue para análise do prefeito. Se ele optar por sancionar a proposta, o Ministério Público promete ingressar na Justiça com uma ação para barrar a lei.