Evento discute o El Niño e os efeitos do fenômeno para a população
Discutir o El Niño e, a partir disso, pensar em ações para reduzir os efeitos do fenômeno no cotidiano da população. É esse o objetivo de um workshop realizado ao longo desta terça-feira (14) no auditório do Simepar, o Sistema Meteorológico do Paraná. Organizado pela Defesa Civil do Paraná em parceria com os estados que compõem o Codesul (Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul), o evento também recebe representantes de São Paulo, que tem sofrido com a falta de chuva dos últimos meses. Segundo o capitão da Defesa Civil estadual, Eduardo Pinheiro, o tema precisa ser abordado em conjunto para evitar surpresas ou grandes catástrofes naturais.
O primeiro workshop sobre o El Niño foi realizado em Florianópolis, Santa Catarina, em 25 de julho. O tema dos dois encontros foi definido pelas Defesas Civis estaduais com base nas necessidades e dificuldades enfrentadas em cada região.
De acordo com o meteorologista Tarcísio da Costa, do Simepar, mesmo com o fenômeno configurado este ano, a má distribuição de chuva é um aspecto típico da Primavera, que é uma estação de transição.
Com isso, segundo ele, o El Niño funcionaria como uma espécie de combustível para essa desproporção natural.
O El Niño se caracteriza pelo aquecimento da água do oceano pacífico em pelo menos meio grau. Essa condição altera a circulação atmosférica e, com isso, interfere na distribuição de chuva mundo afora. No Brasil, o fenômeno provoca o aumento no volume de precipitação no sul e redução no nordeste.
De acordo com o Simepar, a partir da próxima semana o tempo deve mudar no Paraná, com a entrada de novas instabilidades. A tendência é de que a estação fique dentro da expectativa histórica. Ainda assim, novos bloqueios atmosféricos não são descartados. O instituto ainda não disponibiliza a previsão meteorológica para o verão 2014/2015.