Concessões de rodovias paranaenses no alvo da 48ª fase da Lava Jato
Quase 60 mandados judiciais são cumpridos pela Polícia Federal nesta manhã (22) na 48ª fase da Operação Lava Jato. Ao todo, são sete ordens de prisão temporária e 50 de busca e apreensão executadas em 11 cidades o Paraná, incluindo a capital, Curitiba, além de um município de Santa Catarina e das capitais paulista e fluminense.
De acordo com a Polícia Federal, a iniciativa desta vez mira casos de corrupção ligados aos procedimentos de concessão de rodovias federais no Paraná que integram o chamado Anel da Integração. As investigações apontam o uso das estruturas de lavagem de dinheiro reveladas na Lava Jato para operacionalizar recursos ilícitos para agentes públicos por meio das concorrências públicas.
As fraudes teriam sido viabilizadas principalmente via Adir Assad e Rodrigo Tacla Duran – operadores financeiros já investigados na força-tarefa. Ao menos uma das concessionárias teria se utilizado dos serviços dos dois para operacionalizar, ocultar e dissimular valores oriundos de atos de corrupção.
São exemplos disso o pagamento de vantagens indevidas a agentes públicos do DNIT, Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes, do DER, Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná, e da Casa Civil do Paraná.
O Anel da Integração foi criado 1997 e interliga as principais cidades paranaenses em dois mil e quatrocentos quilômetros de extensão. No total são seis lotes de concessão de estradas federais por um prazo de 24 anos.
Esta fase da Lava Jato foi batizada de Integração e apura os crimes de corrupção, fraude a licitações e lavagem de ativos. Os mandados foram expedidos pelo Juízo da 13ª Vara Federal de Curitiba e uma entrevista coletiva será concedida às 10 horas no auditório da Superintendência da Polícia Federal no Paraná.