MP recorre e solicita que Carli Filho comece a cumprir pena em regime fechado
O Ministério Público do Paraná (MP-PR) recorreu da decisão da Primeira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Paraná e solicitou que o ex-deputado Luiz Fernando Ribas Carli Filho cumpra em regime fechado a pena. Condenado a 9 anos e 4 meses de prisão por matar dois jovens em uma colisão de trânsito, em maio de 2009, Carli Filho ainda não passou um único dia detido.
No dia 7 de fevereiro deste ano, desembargadores do Tribunal de Justiça do Paraná confirmaram a redução da pena para sete anos, quatro meses e 20 dias de prisão. Sendo inferior a oito anos, o regime inicial deve ser o semiaberto. Também em fevereiro, o Departamento Penitenciário do Paraná informou que o ex-deputados deve cumprir pena com o uso de tornozeleira eletrônica.
Luiz Fernando Ribas Carli Filho foi responsabilizado pelas mortes dos jovens Gilmar Rafael Yared, de 26 anos, e Carlos Murilo de Almeida, de 20. O ex-deputado dirigia em alta velocidade e estava embriagado. Em fevereiro do ano passado, os jurados reconheceram a tese de duplo homicídio com dolo eventual, ou seja, que o acusado assumiu o risco de matar. Ao apresentar o cálculo da pena de pouco mais de 9 anos de prisão, o juiz Daniel Ribeiro Surdi de Avelar fez questão de ressaltar o fato de Ribas Carli ser, na época do acidente, um deputado estadual e as responsabilidades adicionais que o cargo deveria impor a um representante legislativo.
Considerou ainda como agravante o excesso de velocidade, que disse ser compatível apenas com a de autódromos e pistas de corrida. Sobre a decisão do Ministério Público, a defesa do ex-deputado disse que não vai se manifestar sobre o caso neste momento. Nossa equipe tenta contato com as famílias dos jovens.
Considerou ainda como agravante o excesso de velocidade, que disse ser compatível apenas com a de autódromos e pistas de corrida. Sobre a decisão do Ministério Público, a defesa do ex-deputado disse que não vai se manifestar sobre o caso neste momento. Nossa equipe tenta contato com as famílias dos jovens.
Reportagem Lenise Klenk e Alexandra Fernandes