O secretário da Saúde do Paraná, Beto Preto, diante da escalada da pandemia de coronavírus, confirma que faltam leitos em hospitais públicos e privados. Segundo o governo, a situação mais grave se concentra em Curitiba, região metropolitana e na região leste do Estado, onde vive metade da população. Mesmo com a reativação de 573 leitos nas últimas duas semanas, o informe epidemiológico mais recente indica ocupação de 88% nas UTIs do Paraná reservadas para covid-19. Nas regiões leste e noroeste os índices já passam de 90%.

Em uma gravação, enviada por meio da assessoria de imprensa da Secretaria de Estado da Saúde, Beto Preto reconhece que pacientes do Paraná não estão recebendo o tratamento adequado. Isso se deve ao fato de que os hospitais estão lotados:

No áudio, Beto Preto afirma que os recentes decretos baixados pelo governo do Paraná não são suficientes para romper a cadeia de transmissão do coronavírus.

O chefe da pasta ressalta a responsabilidade dos cidadãos, e faz um apelo para que os paranaenses adotem com urgência medidas de distanciamento e isolamento domiciliar:

Em uma semana, o governo do Paraná baixou dois novos decretos com o objetivo de mitigar a proliferação do coronavírus no Estado. Na quarta-feira (2), passou a valer o toque de recolher noturno, das onze da noite às cinco horas da manhã. A partir de hoje (4), também estão proibidos a venda e o consumo de bebidas alcoólicas.

O toque de recolher e a “Lei Seca” se juntam a outras medidas, como a proibição de eventos com mais de 10 pessoas, e permanecem vigentes, pelo menos, durante as próximas duas semanas.

Reportagem: Angelo Sfair