O Paraná alcançou o status de referência nacional na realização de testes do tipo RT-PCR, realizado através de amostras coletadas com cotonete da região do nariz e garganta. Até a semana passada haviam sido processados mais de 2 milhões de exames dentro das unidades paranaenses, obtendo a média diária de 5 mil 750 procedimentos. O volume faz o Paraná ser o Estado que mais testou na pandemia. Cerca de 20 por cento da população do Estado, estimada pelo IBGE em 11,5 milhões de habitantes, passou pelo exame. Até dezembro do ano passado, o Estado concentrava 35 por cento de todos os diagnósticos do País.

De acordo com o Governador do Estado, Ratinho Júnior, testar em massa ajuda o governo a tomar decisões corretas.

A formação de uma parceria do Paraná com a Fundação Oswaldo Cruz, a Fiocruz do Rio de Janeiro, logo nos primeiros meses da crise sanitária, permitiu ao Paraná ampliar a capacidade de 120 testes ao dia para 10 mil e 600 testes por dia. Em abril de 2020, a Fiocruz, o Instituto de Biologia Molecular do Paraná e o Tecpar se uniram na implementação de uma Unidade de Apoio ao Diagnóstico da Covid-19 no Estado.

O centro de processamento localizado dentro do Parque Tecnológico do Tecpar, no campus da Cidade Industrial de Curitiba, serviu de suporte para o Lacen, laboratório referência no Paraná para diagnósticos de todas as doenças que possam oferecer risco à saúde pública. O local, que tinha capacidade de 120 testes RT-PCR por dia, passou para 600 diagnósticos ainda nas primeiras semanas de pandemia.

Segundo o secretário da saúde, Beto Preto, o Paraná adotou a testagem com uma das principais estratégias de enfrentamento à pandemia.

Outra medida apontada pela Secretaria estadual da Saúde como fundamental no controle da Covid-19 foi o rastreamento de contatos de casos confirmados. O processo permite a identificação e o isolamento das pessoas que podem ter sido expostas a um caso confirmado ou suspeito de Covid-19.