Possível reflexo da vacina, letalidade da covid-19 tem tendência de queda em Curitiba

 Possível reflexo da vacina, letalidade da covid-19 tem tendência de queda em Curitiba

Foto: Daniel Castellano / SMCS

A taxa de letalidade da covid-19 em Curitiba caiu entre os idosos, mas aumentou na faixa etária entre 20 e 60 anos. A mudança de cenário pode ser um reflexo da campanha de vacinação contra o coronavírus, que prioriza nas fases iniciais a população mais velha e mais exposta à contaminação. Em 2021, em pouco mais de três meses, o número de óbitos entre jovens e adultos já supera todos os registros do ano passado.

Segundo dados da Secretaria Municipal da Saúde Curitiba, a obesidade também ganhou maior protagonismo entre os fatores de risco associados aos casos graves da covid-19. Isso pode ser um reflexo das variantes do coronavírus que entraram em circulação em períodos mais recentes, ou na mudança de perfil dos infectados. No atual momento da pandemia, a obesidade é considerada um fator de risco tão relevante quanto problemas cardiovasculares.

Em Curitiba, desde os primeiros registros da covid-19, três em cada quatro casos de coronavírus são de jovens e adultos com idades entre 20 e 59 anos. A introdução de novas variantes pode estar ligada ao fato de que mais pacientes nessa faixa etária evoluíram para casos graves. Como se trata da faixa predominante dos infectados, qualquer mudança, mesmo que tímida, representa alterações relevantes no quadro geral da pandemia.

Quanto à população idosa, em 2021, seguindo uma tendência observada desde o final do ano passado, a taxa de mortalidade vem caindo pouco a pouco. No ano passado, um em cada quatro idosos com 80 anos ou mais morreram por complicações da covid-19. Na mesma faixa etária, no primeiro trimestre deste ano, a doença vitimou um em cada quatro infectados.

O início da campanha de vacinação contra a covid, embora caminhe em passos lentos, pode ser um fator determinante para a mudança de tendências observada em 2021. Segundo a Prefeitura de Curitiba, desde o início da imunização até ontem (14), 15% dos idosos estão imunizados com duas doses da vacina. Pouco mais de 180 mil receberam ao menos uma dose do imunizante, o que representa 57% deste grupo.

A Secretaria Municipal da Saúde reforça que as vacinas à disposição no Brasil só alcançam o nível esperado de eficácia algumas semanas após a aplicação da segunda dose. Por isso, é importante estar atento ao calendário de imunização, não faltar à aplicação da dose de reforço e manter todos os cuidados de prevenção à covid-19 mesmo após receber as vacinas. Até o momento, cerca de 3% da população que recebeu a primeira dose não compareceu para a dose de reforço.

Reportagem: Angelo Sfair

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