Reitor da UFPR apresenta pesquisa da vacina contra Covid-19 aos vereadores de Curitiba
Enquanto as vacinas contra a covid-19 atualmente aplicadas na população, custam R$ 60, na conversão em dólar, o preço de custo do imunizante da Universidade Federal do Paraná (UFPR) deve ficar em torno de R$ 5 a R$ 10 por dose.
A afirmação é do o reitor da Universidade Federal do Paraná (UFPR), professor Ricardo Marcelo Fonseca, que participou da sessão plenária desta segunda-feira (10) na Câmara Municipal de Curitiba (CMC). Além dele apresentar os avanços da pesquisa da vacina, durante a sessão, o plenário também acatou a proposta de apoio à UFPR pelos estudos do primeiro imunizante curitibano e os outros trabalhos voltados ao coronavírus.
A expectativa é que a fase 2, de testes pré-clínicos (com camundongos), seja concluída até o final de 2021. Se aprovado nessa etapa e nos testes clínicos (com humanos), o imunizante curitibano pode ser disponibilizado no final de 2022. O reitor explicou que o imunizante é feito com uma proteína que imita o vírus Sars-Cov 2, feita de forma simples.
Ele revelou que a vacina pode ser feita nos laboratórios do Centro Politécnico da UFPR, com insumos baratos e brasileiros, com busto baixo.
Na fase atual de testes, pré-clínica, o professor disse que a vacina pesquisada apresentou resultados superiores na produção de anticorpos que a da AstraZeneca/Oxford. O reitor argumentou que, por mais que essa só fique pronta em 2022, todas as vacinas são importantes.
Ele reforçou que a outra vantagem da vacina seria não depender da importação de insumos nem de grandes empresas farmacêuticas.
A UFPR recebeu um auxílio do Ministério da Ciência e Tecnologia, de cerca de R$ 230 mil. Em abril, a UFPR firmou convênio com o governo estadual para finalizar a fase pré-clínica de testes. Devem ser repassados R$ 700 mil para a compra de equipamentos e custeio da pesquisa e R$ 295 mil para o pagamento de bolsas para pesquisadores em pós-doutorado.
Na sequência, com a autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), vão ser necessários novos parceiros e recursos financeiros para os testes clínicos. Segundo o reitor, a bancada paranaense no Congresso Federal vai buscar emendas e deve haver nova contrapartida estadual.
Reportagem: Fernanda Scholze