Empresa suspeita de fornecer oxigênio adulterado é alvo de operação
Prejuízo estimado para prefeituras chega a R$ 750 mil, podendo alcançar R$ 3 milhões
Uma empresa suspeita de vender cilindros de oxigênio adulterados foi alvo de operação policial nesta quarta-feira (8) no Paraná e Santa Catarina. Ao menos 30 mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão preventiva foram expedidos e cumpridos em 19 municípios da região Sudoeste paranaense e um do Oeste catarinense.
Segundo o Ministério Público do Paraná (MPPR), a indústria, sediada em Pato Branco, fornecia a hospitais e postos de saúde cilindros com gás destinado a uso industrial, no lugar de oxigênio medicinal. O promotor de Justiça Tiago Vacari explica que o material fornecido tinha um grau de pureza inferior ao recomendado para uso hospitalar.
Outra ilegalidade constatada foi em relação ao volume comercializado, com os compradores pagando por volumes maiores do que os efetivamente recebidos. Conforme o MP, por conta dessas adulterações, o grupo criminoso vencia inúmeras licitações, fornecendo o produto a preço muito inferior aos cobrados no mercado.
Desde o início de 2020, o prejuízo estimado nos contratos firmados com mais de 20 municípios e entidades públicas chega a R$ 750 mil, podendo alcançar R$ 3 milhões caso os contratos em vigor sejam cumpridos integralmente. Desde o início de 2020, o prejuízo estimado nos contratos firmados com mais de 20 municípios e entidades públicas chega a R$ 750 mil, podendo alcançar R$ 3 milhões caso os contratos em vigor sejam cumpridos integralmente.
As investigações começaram em outubro de 2021 e apuram a prática dos crimes de organização criminosa, fraude a licitação, crime contra relação de consumo e adulteração de produto destinado a fins medicinais. As vítimas, segundo o MP, são principalmente prefeituras.