Partidos Políticos pedem federalização do caso Marcelo Arruda
O documento foi entregue pelo advogado Eugênio Aragão e parlamentares
Foi entregue ao procurador-geral da República, Augusto Aras, na tarde desta terça-feira (12) o pedido de federalização das investigações da morte de Marcelo Arruda. O documento, assinado pelo presidente nacional do PT e de outros seis partidos, foi entregue pelo advogado Eugênio Aragão e parlamentares. Esse pedido aconteceu após divulgação de publicações feitas em 2016 pela delegada Iane Cardoso, que havia assumido o caso. Ela teria postado nas redes sociais ataques ao PT e membros do partido. Por conta disso, o Governo do Paraná designou a delegada-chefe da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Camila Cecconello, para conduzir as investigações.
Em Foz do Iguaçu, uma força-tarefa foi montada para apurar o caso. A presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann, por meio de nota, defendeu que a federalização é necessária para evitar qualquer tipo de desconfiança com relação ao trabalho da polícia. A federalização é prerrogativa do PGR e em geral precisa atender a três critérios: a existência de grave violação aos direitos humanos, o risco de responsabilização internacional decorrente do descumprimento de obrigações jurídicas assumidas em tratados internacionais e a incapacidade das instâncias e autoridades locais de oferecer respostas efetivas.
Para as legendas todos os critérios estão devidamente atendidos neste caso. Mas no entendimento do procurador-geral da República, como não há provas de negligência por parte da Polícia Civil do Paraná não haveria, a princípio, motivo para atender a esse pedido. O guarda municipal e tesoureiro do PT de Foz do Iguaçu, Marcelo Arruda, morreu no sábado (09).
Ele comemorava o aniversário de 50 anos, com temática do Partido dos Trabalhadores e do ex-presidente Lula, quando o agente penitenciário federal Jorge José da Rocha Guaranho teria invadido o local aos gritos em apoio ao presidente Jair Bolsonaro e disparado contra o aniversariante. Guaranho também foi atingido por tiros e segue internado na UTI em um hospital de Foz. O inquérito deve ser concluído na próxima semana. Esta é a projeção da Secretaria da Segurança Pública e da Polícia Civil do Paraná. Até o momento foram ouvidas oito pessoas.