Forças de segurança prendem 24 pessoas do crime organizado
Quadrilha era investigada após tentativa de assalto à transportadora de valores, em Guarapuava
A operação das policias do Paraná prendeu 24 pessoas, apreendeu 17 armas de fogo e resultou na morte de oito suspeitos de envolvimento com o crime organizado. De todas as prisões, 17 delas aconteceram na manhã desta terça-feira (20), assim como a apreensão de 10 armamentos de diversos calibres na mesma data. Das mortes em confronto com a PM, três delas aconteceram somente nesta terça-feira. As ações foram durante o cumprimento de mandados de prisão e busca e apreensão, contra o crime organizado.
A quadrilha investigada nos últimos cinco meses é suspeita de envolvimento com a tentativa de assalto a uma transportadora de valores, em Guarapuava, na região central do Paraná, em abril de 2022. À época do crime, um policial militar acabou morto em confronto com os indivíduos. Para o secretário de Segurança do Paraná, Wagner Mesquita, era uma questão de honra dar essa resposta à sociedade
Ao todo, três inquéritos policiais foram instaurados. Os envolvidos devem responder pelos crimes de organização criminosa, latrocínio, incêndio e explosão, porte ilegal de arma de fogo e explosivo, dano qualificado, receptação, sequestro e cárcere privado. A operação aconteceu ao mesmo tempo nos estados do Paraná, São Paulo e Santa Catarina.
As ações contaram com cerca de 700 policiais, entre militares, civis e da Polícia Científica do Paraná e São Paulo. O comandante-geral da Polícia Militar, coronel Hudson, destacou a importância da integração das forças policiais para combater o crime organizado, ainda mais dessa quadrilha especializada em assaltos dessa natureza
A investigação apontou que a maioria dos envolvidos tinha extensa ficha criminal e era envolvida com diversos outros crimes em várias regiões do país. Além disso, de acordo com o delegado-geral da Polícia Civil do Paraná, Silvio Jacob Rockembach, os suspeitos ostentavam uma vida luxuosa, com carros, motos, barcos, casas e outras postagens em redes sociais. Dos procurados, ainda há três foragidos
Na noite do dia 17 de abril, diversos criminosos fecharam os acessos da cidade de Guarapuava e fizeram pessoas de reféns e escudo humano. Os indivíduos ainda atearam fogo em seis veículos e estavam com armamento exclusivo das forças armadas. Eles não conseguiram chegar até o cofre da transportadora, mas, no confronto com os policiais que estavam saindo do 16º Batalhão de Polícia Militar de Guarapuava, balearam dois militares. Um deles morreu na ocasião.
Reportagem por Leo Coelho