A Polícia Federal cumpre 16 mandados de busca e apreensão no Paraná contra empresas e manifestantes envolvidos em bloqueios de rodovias e outros atos ilegais.

A operação realizada nesta quinta-feira (15) também cumpre ordens judiciais em outros seis estados e o Distrito Federal.

Os protestos estão relacionados ao resultado das Eleições 2022 e são registrados desde o final de outubro, após a realização do segundo turno. No pleito, o atual presidente, Jair Bolsonaro (PL), foi derrotado pelo candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Apesar das manifestações ilegais, que em geral pedem a atuação das Forças Armadas para impedir a proclamação do resultado das eleições gerais, Lula foi diplomado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) nesta segunda-feira (12).

Na cerimônia, a Justiça Eleitoral reafirmou o compromisso com a democracia e a segurança das urnas eletrônicas. No decorrer do processo eleitoral, nenhuma suspeita relacionada à falta de integridade das urnas foi confirmada.

Ao todo, segundo a Polícia Federal, são cumpridos 81 mandados de busca e apreensão.

Os alvos são pessoas físicas e jurídicas identificadas pelas forças federais e estaduais de Segurança no decorrer das manifestações.

Além do Paraná, os mandados são cumpridos nos estados do Acre, Amazonas, Rondônia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina, além do Distrito Federal. As ordens judiciais foram expedidas pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).

O magistrado também preside o TSE.

Em novembro, o Ministério da Justiça divulgou um balanço sobre os bloqueios ilegais em rodovias federais. Na ocasião, o governo informou que 49 pessoas haviam sido presas por envolvimento em atos antidemocráticos. Duas prisões ocorreram no Paraná.

O levantamento fazia referência ao período entre 31 de outubro e 8 de novembro, ápice das manifestações registradas após a derrota de Bolsonaro nas urnas.

Reportagem: Angelo Sfair