Vacina contra febre amarela é indicada desde os 9 meses
Imunizante tem dose única dos 05 aos 59 anos e duas doses para bebês
A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de Curitiba orienta a população a procurar pela vacina contra febre amarela, especialmente antes de viagens para regiões de matas e estados ou países com a circulação do vírus.
No Paraná, o último boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde (SESA), em dezembro de 2022, apontava a notificação de 22 casos da doença, sendo 14 na região metropolitana da capital. No entanto, destes, 12 já haviam sido descartados e outros 10 permaneciam em investigação. Entre primatas, houve confirmação de um caso na cidade de Fernandes Pinheiro, nos Campos Gerais. Os números são referentes ao período entre primeiro de julho e 16 de dezembro. O período epidemiológico vai até o dia 30 de junho deste ano.
O diretor do Centro de Epidemiologia da Secretaria Municipal da Saúde, Alcides Oliveira, alerta para a forma como a doença é transmitida: por meio da picada de insetos infectados.
A vacina contra a febre amarela é gratuita e está disponível nas 107 unidades de saúde de Curitiba. O imunizante contra a febre amarela é aplicado em dose única para pessoas entre 5 e 59 anos de vida, que nunca foram vacinadas antes. A vacina tem validade por toda a vida. Em menores de cinco anos, a aplicação é aos 9 meses de idade, com uma dose de reforço aos 4 anos.
A orientação é receber a vacina com antecedência mínima de 10 dias da data da viagem. Alguns destinos internacionais, inclusive, exigem a apresentação do Certificado Internacional de Vacinação ou Profilaxia (CIVP) da febre amarela. Moradores de Curitiba podem solicitar o documento pela Central Saúde Já Curitiba.
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Febre Amarela
A febre amarela é considerada uma doença sazonal do verão, geralmente com aumento de casos entre dezembro a maio. Nesse período, com altas temperaturas e dias de chuvas os mosquitos se reproduzem com mais intensidade.
Ao contrário do que alguns pensam, os macacos não transmitem a doença para o homem. Pelo contrário: eles servem de “sentinela”, uma vez que alertam sobre a aproximação do vírus. A doença é transmitida pela picada dos mosquitos Haemagogus e Sabethes na febre amarela silvestre e pelo Aedes aegypti e Albopictus na febre amarela urbana, que não tem registro no Brasil desde 1942.
Sintomas
1ª fase – período de infecção: febre, calafrios, dores pelo corpo, náuseas e vômitos, sintomas comuns a várias outras doenças, como leptospirose e dengue.
2ª fase – período tóxico: febre, icterícia (pele e olhos amarelados, daí o nome febre amarela), urina escura, dores abdominais, hemorragias e outras complicações.
Prevenção
Além da vacinação, é importante combater o vetor (mosquito) que transmite o vírus, da doença; evitar áreas de mata com registros da doença. Se for preciso entrar em regiões de matas, mesmo vacinado, a orientação é usar repelentes e dar preferência para roupas claras, que cubram a maior parte do corpo – calça e manga longa.
Reportagem: Ana Flavia Silva