Três testemunhas já foram ouvidas no júri pela morte de Ana Paula Campestrini que começou nesta quinta-feira (23) em Curitiba. Dentre elas, a delegada responsável pelo caso, Tathiana Guzella, a ex-tesoureira do clube Sociedade Morgenal, onde o réu era presidente, e uma ex-funcionária do casal.

Ao todo, estão previstas 14 testemunhas para este júri, entre acusação e defesa. A vítima foi morta a tiros, no dia 22 de junho de 2021, no momento em que chegava em casa, no bairro Santa Cândida.

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Segundo o Ministério Público, o ex-marido de Ana Paula, Wagner Oganauskas, pagou R$ 38 mil para que Marcos Antonio Ramon, um amigo dele, executasse a vítima. Eles respondem por homicídio triplamente qualificado.

Em depoimento, a delegada Tathiana Guzella relatou que funcionários de uma segunda sede do clube reconheceram a moto utilizada no crime estacionada em um galpão da sede.

Wagner e Ana Paula foram casados por 14 anos e tiveram três filhos. Atualmente, as crianças têm entre 9 e 16 anos de idade. Segundo o MP, o denunciado passou a promover diversos constrangimentos à vítima, que havia assumido um relacionamento com outra mulher.

Após a separação, Wagner Oganauskas passou a dificultar a vida da ex-mulher. A promotoria aponta que ele cometia alienação parental e não permitia que Ana Paula convivesse com os filhos. O homem também é acusado de dificultar o acesso da vítima aos bens adquiridos durante o casamento.

O advogado Jeffrey Chiquini, que representa a família de Ana Paula e atua na assistência da acusação, acredita na condenação dos réus. Segundo ele, o processo tem provas fartas da participação dos acusados no homicídio:

A primeira qualificadora é o feminicídio, porque Ana Paula é ex-esposa de Wagner. A segunda qualificadora é a impossibilidade de defesa da vítima. Os dois acusados eram diretores da Sociedade Morgenau. A reportagem da BandNews tenta contato com a defesa dos denunciados.

Reportagem: Leo Coelho e Angelo Sfair