Política

Deputado Ricardo Arruda é afastado de diretório do PL

Parlamentar é denunciado pelo MPPR por tráfico de influência, associação criminosa e peculato

 Deputado Ricardo Arruda é afastado de diretório do PL

(Foto: Orlando Kissner/Alep)

O deputado estadual Ricardo Arruda (PL) foi afastado da presidência do diretório municipal do PL (Partido Liberal) após ser denunciado pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR) por tráfico de influência, associação criminosa e peculato.

A acusação é, também, contra três ex-assessores do parlamentar, referente a crimes que teriam sido cometidos entre 2016 e 2017, de acordo com a investigação.

Além do afastamento, o partido informou que abriu um processo no conselho de ética do PL para apurar o caso.

O deputado estadual, que está no terceiro mandato consecutivo na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), nega todos os crimes, diz ser perseguido pelo MP-PR e acusa os ex-assessores.

Segundo a denúncia, Arruda “atuava com o prestígio de deputado estadual, passando credibilidade e segurança aos serviços ilícitos oferecidos pelo gabinete parlamentar”, ao mesmo tempo em que os assessores denunciados “faziam os contatos, angariavam pessoas que almejavam algum benefício junto à administração público estadual ou mesmo junto ao Poder Judiciário”, prometendo a elas influência do deputado.

O MP também diz no documento que os ex-assessores “por diversas vezes receberam os valores solicitados, tudo com pleno conhecimento, assentimento e comando do referido parlamentar”.

A denúncia cita seis situações em que Arruda e os demais acusados receberam propina em troca de favores. Somados, os valores chegam a quase meio milhão de reais. Pelos mesmos crimes, foram denunciados três ex-assessores.

O caso tramita no Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR), já que Arruda tem foro privilegiado.

Nesta quarta-feira (15), durante sessão plenária da Alep, Arruda utilizou a tribuna, por cerca de 10 minutos, para se defender sobre o caso. O deputado disse que os crimes dos quais é acusado foram cometidos pelos ex-assessores.

Segundo a denúncia do MP-PR, Arruda e os então assessores “se associaram de forma voluntária e consciente com o propósito específico de cometerem crimes”.

Como provas, o órgão cita gravações de conversas, troca de mensagens, registros de entrada e saída da Alep, e oitivas de testemunhas.

Por Leonardo Gomes e Ricardo Pereira

Avatar

leonardo.gomes

Goura critica atual gestão da prefeitura e defende alianças “convergentes”

Goura critica atual gestão da prefeitura e defende alianças “convergentes”

O deputado estadual, pré-candidato à prefeitura de Curitiba, também defende maior atenção à população de

Hospitais podem ter que garantir segurança alimentar para celíacos

Hospitais podem ter que garantir segurança alimentar para celíacos

Legislação foi aprovada na Câmara de Vereadores de Curitiba

LDO traz orçamento recorde de R$ 14 bilhões para 2025

LDO traz orçamento recorde de R$ 14 bilhões para 2025

Vereadores devem discutir e votar a LDO até o final de junho, antes do recesso