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Números ou nomes? Grupo ‘O Bonde’ traz angústia e questionamentos

Coletivo paulista traz a peça-filme “Desfazenda - Me Enterrem Fora Desse Lugar" para Curitiba

 Números ou nomes? Grupo ‘O Bonde’ traz angústia e questionamentos

Foto: José de Holanda/divulgação

Aconteceu nessa sexta-feira (3), a estreia do grupo O Bonde no Festival de Curitiba, com o espetáculo “Desfazenda – Me enterrem fora desse lugar” com direção de Roberta Estrela D’Alva. Trazendo a história dos personagens 12, 13, 23 e 40, pessoas pretas que, quando criança, foram salvas da guerra por um padre branco e obrigadas a trabalhar em uma fazenda, a peça-filme traz sentimentos de dor; angústia; raiva e tristeza.

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Com direção musical de Dani Nega, o espetáculo utiliza de composições autorais para contar a história e imergir o público naquele ambiente. A iluminação, usada para destacar apenas os atores e mergulhar a trama em um cenário de escuridão, também cumpre papel fundamental.

Livremente inspirado no documentário Menino 23 – Infâncias perdidas no Brasil, a peça-filme traz uma reflexão que, infelizmente, ainda é muito atual, visto que ainda há casos de escravidão no Brasil. “Queríamos entender qual papel nós temos em contar estas histórias”, diz a diretora Roberta Estrela D’Alva, em uma roda de conversa organizada após a apresentação.

Os ensaios do grupo para o espetáculo se deram por Zoom, visto que a produção começou durante o isolamento social causado por causa da pandemia de Covid-19. Durante esse momento, o coletivo resolveu se juntar em uma chácara para uma sessão de ensaios, e foi aí que conseguiram se aprofundar mais na obra.

Informação: Isadora Lopes, estudante de jornalismo da Universidade Positivo, em parceria com a BandNews FM Curitiba

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