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Histórias reais ficcionalizadas: “Travessia” reflete as mudanças da vida

A dor transformada em arte e o “refazer-se” em meio ao caos compõem a peça

 Histórias reais ficcionalizadas: “Travessia” reflete as mudanças da vida

Quem nunca se sentiu sozinho, como quando se perdia dos pais, na infância?

Foi a partir de momentos difíceis que Kassandra Brandão decidiu transformar a dor em arte. Ao contar a história de diversos objetos que fizeram parte da vida da atriz, “Travessia” vai muito além do material guardado num baú. Trata do ato de livrar-se deles, cada um com sua bagagem afetiva e história singular. E, às vezes, sem falar necessariamente sobre objetos.

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A apresentação contou com duas plateias: a que sentou-se em roda, no palco, participando de forma lúdica com a atriz, e se aproximando mais da história; e a que apenas assistiu das poltronas (lugares vendidos após os ingressos se esgotarem). No centro do círculo, o público se encantou com um cenário formado com folhas secas e alguns itens com carga emocional para Kassandra, com os quais ela interage durante a peça.

O monólogo, que teve início simulando brincadeiras infantis, ambientou a plateia com o sentimento de ingenuidade de uma criança que se perde e, assim, perde o chão. É dessa forma que nos sentimos diversas vezes, mesmo depois de adultos — sem chão, sem porto seguro, sem certezas ou segurança alguma. É neste momento que os jogos de luzes quentes tiveram como propósito incomodar o público que acompanhava o espetáculo. O figurino, um vestido preto com diversas camadas e fendas, representava movimento durante as danças, que também tiveram espaço no drama.

Durante a peça, áudios de mulheres da família de Kassandra são ouvidos em alguns momentos, áudios que retratam, principalmente, violência de gênero. Suas histórias também foram contadas pela atriz. E é no encontro com sua ancestralidade que Kassandra se refaz, pronta para seguir em frente. “Hoje, Kassandra assume os papéis das mulheres de sua vida, vivenciando as histórias que ouvia e, ao mesmo tempo, traduzindo os sentimentos dessas experiências”, conta Cely Farias, diretora do espetáculo.

A peça faz parte da Mostra “Solo, mas não só – Mulheres em Rede”, e é apresentada pelo Grupo Graxa, da Paraíba (PB), que esteve presente no Fringe anteriormente em 2008 e 2019.

Informação: Ana Bavutti, estudante de jornalismo da Universidade Positivo, em parceria com a BandNews FM Curitiba

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Giovanna Retcheski

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