Paraná completa dois anos de área livre de febre aftosa
O último foco da doença foi em 2006. A imunização foi interrompida em 2019
O Paraná completa neste sábado (27), dois anos de área livre de febre aftosa sem vacinação. Em 2021, a Organização Mundial da Saúde Animal (OIE) concedeu ao Paraná uma credencial para abrir mercados para as proteínas animais produzidas no estado, com a possibilidade de comercialização a países que pagam melhor pelo produto.
Veja mais:
O Paraná chega neste ano à marca de 2 milhões de toneladas de carnes exportadas e R$ 9 bilhões em investimentos privados nessa cadeia. Segundo o governador Ratinho Junior, o status de área livre de febre aftosa sem vacinação traz garantia de segurança alimentar.
Em 1979 havia mais de 1.400 focos da doença no Paraná. Com o tempo, o percentual de vacinações saltou de cerca de 30% para 95% – marca alcançada até as últimas campanhas. Nos anos 90 houve a obrigatoriedade dos produtores vacinarem os rebanhos.
Até que em 1995, após novos focos no estado, foi criado o Fundo de Desenvolvimento da Agropecuária do Paraná (Fundepec) para promover o desenvolvimento e aperfeiçoamento da pecuária e defesa sanitária. O último foco da doença foi em 2006.
A imunização contra a aftosa foi interrompida em 2019 no Paraná e a campanha de vacinação, que acontecia duas vezes por ano, foi substituída pela de atualização de rebanhos. Atualmente o cadastro é obrigatório para garantir a rastreabilidade e a sanidade dos animais.
Reportagem: Jessica de Holanda, com supervisão de David Musso