O serviço de mototáxi vai ser regulamentado em Curitiba até o fim da semana. A informação foi confirmada pelo presidente da Urbs, Ogeny Pedro Maia Neto, nesta segunda-feira (03). A liberação, por meio de decreto, é uma adequação à legislação federal que já regulamenta o serviço em todo o país.

Para a oferta do serviço na cidade, os mototaxistas terão que se cadastrar na Urbs. E terão que trabalhar de acordo com todas as normas de segurança, com foco em minimizar ao máximo os riscos para os passageiros.

Desde a semana passada a 99 Moto passou a oferecer o serviço de mototáxi em Curitiba alegando que a legislação de Curitiba não proíbe o serviço. O diretor de operações da empresa, Igor Soares, diz que a atividade na verdade se trata de “transporte individual de passageiros”, e que já é regulamentada em nível federal.

O assunto já vinha sendo tema de discussão na Câmara de Vereadores de Curitiba. O vereador Rodrigo Reis (União), que preside a Frente Parlamentar de Defesa dos Motoristas e Pilotos de Aplicativo de Carona e Entrega, rebate a afirmação e diz que, para a empresa atuar em Curitiba, é necessário haver uma regulamentação municipal. E que, enquanto isso, o serviço é, sim, irregular.

Para os parlamentares, a medida é irregular e perigosa, já que pode trazer um aumento no número de acidentes e de vítimas – o que iria sobrecarregar o sistema de saúde pública. O vereador Alexandre Leprevost (Solidariedade) alega que o transporte por meio de motos vai resultar num aumento de acidentes de trânsito.

O diretor da 99 contesta a alegação e diz que o número de acidentes no serviço de motos tem um índice de apenas 0,1%.

O presidente da Urbs alerta que, até que a regulamentação entre em vigor, as plataformas e profissionais flagrados atuando na cidade sem autorização estão sujeitos a multas e apreensão dos veículos.

Na Câmara Municipal, o projeto que pretende alterar a lei que atualmente proíbe a circulação de mototáxis em Curitiba foi aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça e pode ser votado nas próximas sessões plenárias.

Reportagem: Vanessa Fontanella e Ricardo Pereira