Defesa Civil alerta para doenças após inundações
São elas: leptospirose, doenças de transmissão hídrica e alimentar, acidentes por animais peçonhentos e tétano
A Defesa Civil do Paraná faz um alerta para, pelo menos, quatro doenças que podem ter o aumento do número de casos em reflexo dos alagamentos causados pelas chuvas. São elas: leptospirose doenças de transmissão hídrica e alimentar, acidentes por animais peçonhentos e tétano.
Em um mês (03 de outubro a 02 de novembro) 161 municípios do estado foram atingidos pelos temporais, vendavais e chuvas de granizo.
A leptospirose é uma das principais doenças após inundações porque é transmitida aos humanos pelo contato com água ou lama contaminadas pela urina de animais portadores, principalmente roedores domésticos.
Este contato aconteceu durante e logo após as enchentes, quando as pessoas retornam para casa e começam à limpeza. Por isso, os casos e surtos de leptospirose acontecem nas quatro ou cinco semanas após as inundações. A orientação é sempre de quando for entrar em contato com esses ambientes estar com pés, mãos e outras partes do corpo protegidos.
Os sintomas variam desde febre alta, dor de cabeça, dores musculares, até quadros mais graves, que podem levar a insuficiência renal, hemorragias e alterações neurológicas.
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As doenças de transmissão hídrica e alimentar (DTHA) são aquelas causadas pela ingestão de água ou alimentos contaminados por bactérias, vírus, parasitas intestinais ou substâncias químicas. Portanto, a orientação é para que a população realize a higienização da caixa d’água domiciliar, especialmente em áreas onde houve interrupção no abastecimento de água.
Os acidentes por animais peçonhentos acontecem porque animais como serpentes, aranhas e escorpiões também ficam desabrigados e procuram abrigo em locais secos. Estes animais invadem as residências, aumentando o risco de acidentes. Cuidado ao entrar na água. As pessoas devem ficar atentas para serpentes que podem estar nadando em busca de terra seca.
Os principais cuidados ao voltar para casa são: entrar com cuidado e observar atentamente a presença de animais peçonhentos, porque eles se escondem dos humanos. Bater os colchões antes de usar e sacudir com cuidado roupas, sapatos, toalhas e lençóis. Limpar o interior e os arredores da casa usando luvas, botas e calças compridas.
O tétano é causado pelo contato com uma bactéria e acontece em acidentes com ferimentos. O principal cuidado é proteger mãos, braços, pés e pernas com luvas e botas ao manusear entulhos e destroços que possam provocar lesões na pele e, consequentemente, o adoecimento por tétano acidental.
Reportagem: Francine Lopes