Entenda como os parques ajudam a frear alagamentos em Curitiba
Solução foi pensada em áreas de rios
Os parques são os responsáveis por frear alagamentos e evitar enchentes na capital paranaense. Isso porque os dois principais rios da cidade, o Barigui e o Belém, passam dentro dos parques Tingui, Barigui e São Lourenço, criados entre as décadas de 1970 e 90. As áreas verdes ajudam a preservar as faixas de drenagem. Assim, em períodos de chuva volumosa, elas amortecem a cheia e podem regular o fluxo de passagem da água.
É o que explica o superintendente de Obras e Serviços da Secretaria do Meio Ambiente, Jean Brasil.
A partir de 2003, foram criados novos parques lineares ao lado de rios, em bairros como Cajuru, CIC, Fazendinha e Campo de Santana. Vinte anos depois, em 2023, Curitiba teve o mês de outubro mais chuvoso da série histórica. Foram 559 milímetros ao longo de 31 dias, frente à média mensal de 144 milímetros.
Na ocasião, os parques Barigui e Tingui ficaram alagados. Famílias em situação de vulnerabilidade social, como no Caximba, precisaram ser resgatadas. O superintendente afirma que, por uma questão de altitude, as capitais paranaenses e gaúchas têm riscos diferentes de inundação. Curitiba tem 835 metros acima do nível do mar, enquanto Porto Alegre está a dez metros.
Como a capital paranaense está no começo da bacia do Rio Iguaçu, o volume de chuva que acontece em Curitiba é escoado, pelo curso do rio, para outras cidades, como União da Vitória. Por isso, no ano passado, o município da região centro-sul do Paraná sofreu com a enchente expressiva.
Ainda segundo a secretaria, um novo parque, que está em licitação, funcionará como uma nova bacia de contenção. O projeto do parque “Colina do Abranches” é próximo ao Parque São Lourenço.
Reportagem: Larissa Biscaia