Em dois meses, acidentes com motociclistas somaram 24 mil internações
A campanha Maio Amarelo reforça a importância de ações para reduzir ocorrências no trânsito; entenda
Os acidentes de trânsito com motociclistas somaram 24 mil internações em hospitais públicos de todo o Brasil nos dois primeiros meses do ano. Em 2023, cerca de 76% das vítimas graves foram ciclistas, pedestres e motociclistas.
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Na comparação de 2022 com o ano passado, o número de hospitalizações deste público cresceu quase 10%. Neste mês, a campanha Maio Amarelo reforça a importância de ações para reduzir acidentes de trânsito, que são um problema de saúde pública.
Por exemplo, em março deste ano, a Prefeitura de Curitiba relacionou parte da lotação do sistema de saúde com traumas. Na época, a média de pessoas atendidas nas UPAs (Unidades de Pronto-Atendimento) foi de 4.285 por dia.
Para o diretor da Sociedade Brasileira de Trauma Ortopédico (SBOT), Caio Zamboni, o Brasil vive uma ‘epidemia’ de acidentes.
O especialista explica que, na moto, o condutor é o próprio para-choque, por isso, a maioria dos acidentes resulta em politraumatismo – quando duas ou mais partes do corpo são lesionadas.
Ao presenciar um acidente, a primeira ação é ligar para o Corpo de Bombeiros, informando a localização da ocorrência e o estado da vítima. A campanha Maio Amarelo foi criada em 2011 pela ONU (Organização das Nações Unidas), visando conscientizar a sociedade sobre os altos índices de acidentes em ruas, estradas e rodovias.
A cor foi escolhida por simbolizar atenção e advertência. A ONU definiu o período entre 2021 e 2023 como a ‘Segunda Década de Ação pela Segurança no Trânsito’, com a meta de reduzir em 50% as lesões e mortes no trânsito do mundo inteiro.
Reportagem: Mirian Villa