Desaparecimento de Isis Victoria completa um mês
Suspeito pelo crime está preso desde 18 de junho; ele nega o crime
O desaparecimento de Isis Victoria Mizerski completa um mês neste sábado (6) sem evidências do paradeiro da jovem grávida. Ela saiu de casa no dia 6 de junho, em Tibagi, nos Campos Gerais do Paraná, para encontrar Marcos Vagner de Souza, apontado como suspeito do crime e pai da criança.
Ele está preso e nega o crime. Porém, nesta semana, a Polícia Científica informou que fios de cabelo e fluído corporal (que pode ser saliva, sangue ou urina) foram encontrados no carro do homem. O prazo estimado para o resultado da análise dos materiais é de, pelo menos, um mês.
A demora nas investigações é questionada por familiares e moradores do município de 19 mil habitantes. Durante duas semanas, equipes das polícias Civil e Militar, com auxílio do Corpo de Bombeiros, realizaram buscas em Telêmaco Borba e Tibagi. Nenhum vestígio sobre o paradeiro de Isis foi encontrado neste período.
Falta de provas pode libertar Marcos Rone, que tem prisão temporária decretada até o dia 18 de julho. Para o advogado criminalista que representa a família da jovem, Claudio Dalledone, a prisão do suspeito será convertida em preventiva.
Desde o início da semana, a comunicação da Secretaria de Segurança Pública do Paraná sobre o caso é feita por meio de notas oficiais. O último documento enviado afirma que ‘devido à sensibilidade das investigações, informações detalhadas sobre o caso serão mantidas em sigilo’.
O criminalista que representa a família de Isis, entretanto, assegura que provas da materialidade do crime estão sendo extraídas pela Polícia Civil.
A família da jovem ainda continua oferecendo uma recompensa em dinheiro para quem tiver informações e prova de vida, ou morte. Segundo a legislação brasileira, as investigações podem avançar mesmo que o corpo não seja encontrado.
O advogado Vinicios Cardozo explica que, nestes casos, a polícia precisa de provas testemunhais suficientes para seguir com uma acusação.
Esta estratégia foi usada pela promotoria no caso do goleiro Bruno Fernandes, condenado por homicídio triplamente qualificado de Eliza Samudio. Na época, testemunhas foram fundamentais para a sentença, já que o corpo da modelo nunca foi encontrado.
Reportagem: Mirian Villa