A dona de uma clínica de estética de Toledo, no oeste do Paraná, é suspeita de realizar procedimentos médicos sem autorização e prometer resolver doenças que não têm cura. Segundo a Polícia Civil, a mulher cobrava de R$ 20 mil a R$ 36 mil pelos serviços.

A investigada tem 61 anos e, contra ela, a polícia apura os crimes de exercício ilegal da medicina, estelionato e lesão corporal. O marido, de 59 anos, se apresentou à polícia como secretário da clínica e também é investigado pelos mesmos crimes.

O local foi fechado nesta terça-feira (9) pela polícia. Os investigadores apreenderam medicamentos, carimbos falsos de receitas médicas e um jaleco, usado pela suspeita para se passar por médica. Segundo a polícia, o espaço era procurado por idosos com dores na coluna e com mobilidade reduzida.

Eles recebiam promessas de cura e pagavam pelos procedimentos. O delegado Rodrigo Baptista diz que o casal é reincidente nesse tipo de prática criminosa.

Os advogados da dona da clínica afirmam que não houve prática de crime e que os fatos serão “devidamente esclarecidos no momento oportuno”. Na fachada da clínica há a propaganda de serviços ofertados, entre eles tratamentos corporais e de rejuvenescimento facial.

De acordo com o delegado, a mulher não tem formação nas áreas de saúde e beleza, mas fingia ser uma profissional.

Ao menos quatro vítimas de Toledo procuraram as autoridades para registrar denúncias. Uma delas teve a barriga queimada depois de contratar um serviço de estética na clínica, em 2022. Entre as provas obtidas pela polícia, está um áudio enviado pela mulher a uma paciente.

Nele, ela afirma que já curou pessoas com doença de Parkinson – um distúrbio do sistema nervoso central que afeta os movimentos e que não tem cura.