Empresários são investigados por lavagem de dinheiro e tráfico
Nesta terça-feira (23) uma megaoperação aconteceu em quatro estados do país
Alguns empresários do Paraná que trabalham com supermercados, lanchonete, veículos de luxo e barbearias são investigados por envolvimento com lavagem de dinheiro e tráfico de drogas.
Nesta terça-feira (23) mais de 80 mandados foram executados em uma megaoperação da Polícia Civil do Paraná, que ocorreu simultaneamente em quatro estados do país. São 20 ordens judiciais de prisão e 37 de busca e apreensão em execução no Paraná, (Curitiba, Pinhais, São José dos Pinhais, Cascavel, Lapa e Piraquara), em Santa Catarina (Balneário Camboriú, Itapema e São Francisco do Sul), em São Paulo (São Paulo e Paranapanema), além de Maceió, no Alagoas.
Cerca de 150 policiais participaram da ação. No Paraná, uma chácara avaliada em R$ 2,5 milhões foi apreendida. No local, foram confiscados celulares, contratos e documentos. A polícia afirma que os itens comprovam a ligação dos empresários com narcotraficantes do estado.
O delegado Victor Loureiro explica que a busca começou em Curitiba.
A ação também bloqueou contas bancárias, apreendeu veículos e cumpriu ordens de sequestro de bens.
De acordo com a Polícia Civil, as investigações começaram em 2022 indicaram que a organização criminosa movimentou mais de R$ 252 milhões. Além disso, o grupo também pode estar ligado a sete homicídios registrados em Curitiba pela disputa do controle do tráfico no bairro Cajuru, na capital paranaense, segundo a polícia.
Um dos líderes da organização, o paranaense Bruno Gustavo Felisbino, de 36 anos, foi morto com pelo menos 20 tiros em março deste ano no estacionamento de um shopping em João Pessoa, na Paraíba. Agora a polícia continua com investigações para desarticular o grupo e entender de que foram a droga era enviada para outras regiões do país.
Reportagem: Brenda Niewiorowski