É velado nesta terça-feira (30) o corpo de Luiz Carlos Martins, um dos fundadores e dono da Rádio Banda B. O radialista morreu na segunda-feira (29), aos 75 anos, em Curitiba. Ele estava internado desde o início do mês, diagnosticado com uma bactéria após um Acidente Vascular Cerebral (AVC). O velório ocorre até 14h no Espaço Ecumênico da Assembleia Legislativa. Às 15h, uma missa será realizada na Igreja dos Passarinhos, com sepultamento às 16h no Cemitério Parque Iguaçu. Natural do estado de São Paulo, Luiz Carlos Martins viveu a infância e parte da juventude em Birigui, onde começou no rádio aos 17 anos. Depois de passar por emissoras em Marília, Londrina e São Paulo, o comunicador se estabeleceu em Jacarezinho. Aos 28 anos, mudou-se para Curitiba e popularizou bordões pelos quais será sempre lembrado.

O coordenador de jornalismo da rádio de Martins, Antônio Nascimento, passou quase 26 anos ao lado do radialista. Toninho, como é conhecido, ressalta que foram anos de aprendizado constante.

Luiz Carlos Martins também entrou para a vida pública: foram 34 anos na política paranaense. Em 1988, foi eleito vereador em Curitiba e dois anos depois, em 1990, deputado estadual. Na Assembleia Legislativa, foi reeleito nas eleições de 1994, 1998, 2002, 2006. Em 2010, tornou-se suplente e assumiu como deputado em 2013, sendo novamente reeleito deputado estadual em 2014 e 2018.

Durante o período em que atuou como deputado estadual, propôs projetos que se tornaram lei, como a que proíbe a fabricação e comercialização de brinquedos assemelhados às armas de fogo, além da aplicação de tatuagens permanentes em pessoas com menos de 18 anos sem autorização dos pais ou responsáveis. Outras propostas que se tornaram legislações estaduais a obrigatoriedade das agências bancárias do Paraná a disponibilizarem funcionários para auxiliar idosos e pessoas com deficiência no uso de terminais de autoatendimento durante o horário comercial.

O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Ademar Traiano (PSD), descreveu Luiz Carlos Martins como um parceiro.

Traiano ainda decretou luto oficial de três dias pela morte do radialista.

Reportagem: Bárbara Hammes