Colunistas // Mirian Gasparin

O crescimento do mercado de imóveis de alto padrão em Curitiba é destaque no cenário nacional. Pesquisa da FipeZap mostra que ao longo da última década, o preço do metro quadrado dos imóveis de luxo na capital do Paraná registrou aumento de 182%, superando a variação do CDI, em mais de 50 pontos percentuais.

A valorização é atribuída à combinação de uma economia forte e alta qualidade de vida.  Ou seja, Curitiba possui um dos melhores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) do Brasil, comparável ao de grandes cidades europeias.

Este quadro positivo está atraído empresas do setor imobiliário de outros estados a buscarem negócios na capital paranaense, como a proptech Pilar, de São Paulo, que utiliza tecnologia para melhorar a negociação de imóveis e tem como foco valorizar e potencializar o trabalho dos corretores.

Eu conversei com o CEO da Pilar, Felipe Abramovay, e ele me informou que escolheu Curitiba para ser a primeira cidade fora de São Paulo para expandir as operações. A Pilar traz um novo modelo de negócio que permite que os corretores parceiros recebam 70% do valor da comissão de venda do imóvel, que é de 6%, em contraste com os 20% praticados na região.

Segundo o CEO da Pilar, o objetivo da empresa é valorizar a corretagem. Em Curitiba, a proptech contará inicialmente com 10 corretores que se dedicarão à venda de imóveis de alto padrão. Em São Paulo, a Pilar conta com 550 corretores imobiliários, e espera fechar o ano com um Valor Geral de Vendas entre R$ 3 bilhões e R$ 4 bilhões.

Eu perguntei ao CEO sobre o que mais contribuiu para que a Pilar escolhesse Curitiba para ser a primeira cidade de expansão da empresa no Brasil, e ele me disse que foram dois fatores: a qualidade dos profissionais, que são considerados um dos melhores do mercado imobiliário do País, e o alto crescimento do segmento de alto padrão. No primeiro ano de atuação, em Curitiba, a Pilar tem como meta atingir um volume de vendas de R$ 300 milhões.