Hospital nega falta de comunicação com pai de adolescente
Vítima foi colocada sob cuidados paliativos sem que o responsável fosse informado, diz familiar
Um adolescente que estava no ônibus de romeiros que viajava para o Santuário de Aparecida foi colocado em cuidados paliativos sem que a família soubesse, segundo familiares. O tombamento aconteceu no dia 17 de março na Rodovia Régis Bittencourt, em Cajati, em São Paulo.
Em 10 de abril, Kauã do Nascimento, de 14 anos, foi transferido do Hospital de Registro, no estado vizinho, para o Hospital Evangélico Mackenzie, em Curitiba.
Desde então, o pai dele, Cristiano Barbosa do Nascimento, acompanha a rotina hospitalar e luta contra a falta de comunicação.
No dia do acidente, Kauã foi arrastado pelo ônibus e Cristiano ficou junto ao filho até que as equipes de resgate chegassem. Na transferência para Curitiba, o pai continuou a acompanhar a rotina hospitalar.
A instituição nega a falta de comunicação. A chefe dos cuidados paliativos pediátricos do hospital, a médica Andreia Franco, esclarece que que os cuidados paliativos podem ser um recurso para garantir conforto durante o tratamento de um paciente.
Depois de um quadro estabilizado, Kauã pode passar por novas cirurgias. A equipe se comprometeu a esclarecer a situação com a família do adolescente.
O ônibus saiu da Lapa, no Paraná, com destino à Aparecida. O acidente aconteceu em uma curva na Serra do Azeite, durante a madrugada. Dos 50 passageiros, seis morreram. O motorista afirmou que perdeu os freios durante uma ultrapassagem.
Confira a nota na íntegra:
“O Hospital Evangélico Mackenzie esclarece que o paciente Kauã foi acompanhado, desde o seu internamento, por toda equipe multidisciplinar da instituição, incluindo a equipe de cuidados paliativos. Além das especialidades médicas, participam do atendimento a pacientes em condições complexas – dentista, fisioterapeuta, psicóloga, capelã, enfermeiras e assistente social. O paciente recebe visitas diárias das equipes, nas quais são passadas aos familiares todas as informações pertinentes a evolução médica. O trabalho multidisciplinar visa ampliar o conforto e os cuidados com o paciente e sua família”.
Reportagem: Larissa Biscaia