Os agressores do jovem Carlos Henrique, de 19 anos, que morreu em um linchamento após furtar uma mulher dentro de um ônibus podem responder pelo crime de homicídio culposo. O caso aconteceu na tarde desta sexta-feira (28) na estação-tubo Coronel Dulcídio, da Avenida Sete de Setembro. Carlos furtou a carteira de uma passageira do ônibus e foi agredido ao tentar fugir do local. A Guarda Municipal foi chamada para atender a ocorrência, mas ao chegar ao ponto de ônibus, encontrou o rapaz desmaiado e amarrado com um cinto. Ele foi levado ao Hospital Cajuru em estado grave, com traumatismo craniano, e não resistiu aos ferimentos. Segundo o inspetor da Guarda Municipal, Frederico de Carvalho, ninguém admitiu as agressões e as investigações vão ficar por conta da Polícia Civil.

Os funcionários da estação e do ônibus confirmaram que o rapaz já havia praticado vários furtos na região. Mas o inspetor da guarda lembra que um crime não justifica o outro.

Na opinião de Carvalho, esse caso é reflexo da campanha lançada na última terça-feira que pretende coibir abusos sexuais dentro de ônibus, uma vez que o usuário passa a prestar atenção também em outros crimes.

Segundo o guarda municipal, muitas vezes os dois crimes estão relacionados. Enquanto uma pessoa comete o abuso, outro parceiro aproveita a distração dos passageiros do ônibus para furtar objetos. A mulher que teve a carteira furtada pelo jovem linchado não quis prestar queixa.