O diagnóstico da febre maculosa ganha um novo aliado no país. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o registro de um produto que vai permitir a detecção do material genético de bactérias transmitidas pela picada do carrapato-estrela.

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Desenvolvido pelo Instituto de Biologia Molecular do Paraná em parceria com a Fiocruz, o Kit de biologia molecular é o segundo autorizado no Brasil para identificação e diagnóstico da febre maculosa. A tecnologia possui 94% de nível de especificidade e 100% de sensibilidade.

Pesquisador da Fiocruz no Paraná e gerente de desenvolvimento tecnológico do IBMP, Fabricio Marchini, explica que a testagem é baseada em PCR em tempo real, com diagnóstico laboratorial rápido e específico, na fase inicial da doença.

A febre maculosa é uma doença infecciosa febril aguda, causada por uma bactéria do gênero Rickettsia, transmitida pela picada do carrapato. O principal transmissor é o carrapato-estrela, encontrado em equinos, bovinos, animais domésticos e silvestres.

De acordo com dados do Ministério da Saúde, foram registrados 53 casos de febre maculosa esse ano, com oito mortes. Três mortes aconteceram após uma festa realizada na região rural de Campinas, no mês passado. Casos que acenderam o alerta sobre os riscos da doença e a necessidade de um diagnóstico precoce para um tratamento mais eficaz.

Os principais sintomas da febre maculosa são febre, dores de cabeça, dores musculares, mal-estar, náuseas, vômitos, manifestações hemorrágicas e manchas vermelhas na pele. Em caso de sintomas ou suspeita da doença a orientação é procurar atendimento médico o quanto antes.

Reportagem: Vanessa Fontanella